Se você perdeu o horário e chegou 3 minutos atrasado no estádio ou na sua sala, perdeu o gol do Hernane de canela. Jogo começou como deveriam começar todos os clássico: Eletrizante! E como disse, Hernane de canela, após escanteio, já faria Flamengo 1 a 0. Sorte? Diria que não. O rapaz vive grande fase, mesmo muitos( inclusive eu) acha-lo tecnicamente fraco.
O time da estrela solitária respondeu logo em seguida, com Fellype Gabriel acertando a trave e Vitinho perdendo boa chance de empatar. O Botafogo jogava com dois volantes improvisados, Júlio Cesar e Fellype Gabriel, o que ocasionou numa exposição fora do comum da zaga alvinegra. E quem aproveitaria isso? Sim, o xodó rubro-negro, Rafinha, que ficava sempre no mano a mano com Márcio Azevedo, levando a melhor quase sempre, por conta da sua velocidade descomunal.
Quantas vezes, torcedor botafoguense, você já falou ou pensou: "Ah, se não fosse o Jefferson..." ? Sim, você disse mais algumas vezes hoje, e somente pela sua defesa o Rafinha não apliou o placar. O Botafogo assim como fez após sofrer o gol, respondeu novamente, com bom chute de Bruno Mendes, que Felipe defendeu bem. O jogo era "lá e cá", e não dava para respirar nem mesmo por um minuto. Não, eu não estou reclamando! Jogo bom é assim, sem tempo nem mesmo para beber uma água.
Perto do fim da partida o Flamengo ia se posicionando a favor dos contra-ataques em velocidade, e o Botafogo ia tomando conta da partida, sempre cedendo ainda mais espaço para a já exposta zaga. Mas até o apito para o intervalo o placar não alterou-se. Igualdade em campo, mas desigual no placar.
Segundo tempo seguiria com a mesma igualdade em campo? Nem tanto! O Botafogo até por conta do resultado tomou mais "conta" do jogo, buscando a iniciativa. Flamengo mostrava-se claramente a favor do contra-ataques. O alvinegro pressionava sob a batuta de Seedorf, que exautivamente tentava, porém sem ajuda, não conseguia muita coisa. Novamente víamos um Botafogo totalmente dependente do craque holandês.
Lembra dos contra-ataques do Flamengo que me referia? Aumentaram no segundo tempo. O Flamengo teve a incrível possibilidade de matar o jogo por pelo menos 3 vezes. A zaga alvinegra além de exposta jogava em linha errôneamente. Primeiro, Rodolfo, que na minha opinião foi o destaque do Flamengo na segunda etapa, entrou sozinho na área, tirou de Jefferson e sem goleiro, relembrando o ex-atacante do Fla, Deivid, chutou por cima do gol.
Aí você,torcedor alvinegro, pensa:" Serviu de exemplo para a zaga e ela parará de fazer linha." certo? Errado. Após bons lances de Rodolfo, o próprio deu de calcanhar, a zaga alvinegra dormiu, e Rafinha cruzou. Gol? Não, Bolívar tirou na ponta da chuteira. O Flamengo começou a pressionar, e Rafinha achou Ibson no buraco deixado por Lucas, mas o meia despediçou, isolando.
Cabe o velho ditado" Quem não faz,leva" ? Sim, mas somente se Seedorf tivesse 5 pulmões. O Botafogo não conseguia passar pela boa marcação do Flamengo, e após idas e vindas, Seedorf não aguentava mais. O holandês marcava, dava o passe e tinha que chegar ainda para finalizar. Com 36 anos, quase o fez bem, mas não deu. Botafogo tentava do jeito que dava, mas esse "seu jeito" não era o suficiente para mudar o placar. Terminaria o clássico com uma canelada decisiva, certa igualdade em campo, mas merecida desigualdade no placar. Flamengo vence mais um clássico e chega forte para as finais. E você, achou o resultado justo?
Abraço,
Arthur Guedes.
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